giovedì 12 febbraio 2009

Stili del Fado (seconda parte)

Post collegato: Fado Menor, Mouraria, Corrido

Fado Perseguição (in sestine)
composto dal chitarrista e cantante Carlos da Maia, che usava lo pseudonimo di Manuel Lencastre. Il nome deriva dalla prima parola cantata nel testo scritto dal poeta Avelino da Sousa e fu cantato per la prima volta dalla fadista Maria Alice. Questo fado fu reinterpretato da Amália Rodrigues con un testo differente e fu uno tra i suoi primi successi.

Amália Rodrigues, Fado Perseguição
Camané, Mais um fado no fado
Eduarda Maria, Carta a Maria

Fado Loucura
composto da Júlio de Sousa (1906-1966) e interpretato magistralmente da Lucília do Carmo. E’un celebre Fado molto cantato dalla nuova generazione di fadisti, Mariza, Misia, Helder Moutinho tra gli altri

Lucília do Carmo, Loucura
Mariza, Loucura

Fado Primavera
composto dal cantante e chitarrista Pedro Rodrigues, prende il nome da una delle parole del poema scritto da David Mourão Ferreira per Amália Rodrigues. Interpretato con testo differente da molti fadisti, tra cui Teresa Silva Carvalho, Fernanda Maria, Lucília do Carmo

Teresa Tarouca, Saudade, silencio e sombra
Amália Rodrigues, Primavera

Fado Franklin (in quartine)
composto da J.Franklin Gomes Rodrigues Godinho (?-1954)

João Braga, O meu Amor nao partiu, testo di João Ferreira Rosa
M. Teresa de Noronha, Minha Dor
Cidália Moreira, Neste Recanto Fadista

Fado Franklin (in sestine)
celebre Fado cantato da fadisti di vecchia e nuova generazione, tra cui Fernando Maurício, Merces da Cunha Rego, Camané, Joana Amendoeira

Maria da Fé, Sete Gritos
Amália Rodrigues, Eu queria cantar-te um Fado
Misia, Nenhuma Estrela Caíu
Teresa Tarouca, Fado, Dor e Sofrimento

Fado Georgino de Sousa (1989-1949)
composto dall'omonimo chitarrista (viola do Fado)

Manuel de Almeida, O teu Retrato, testo di João da Mata
M.Teresa de Noronha, Pombalinho

Fado Ginguinha
composto dal cantante Bernardo Lino Teixeira (1895-1947), uno dei testi (fados) più conosciuti su questa musica è A moda das tranças Pretas, scritto e interpretato dal celebre Vicente da Câmara (1928). Il testo è pieno di piccoli e deliziosi dettagli su una giovane ragazza che vende violette su e giù per le strade dello Chiado di Lisbona. Vicente da Câmara scrisse il testo (La Moda delle Trecce Nere) ispirandosi al personaggio di un film “La Violetera”, interpretato dall’attrice spagnola Sarita Montiel.
Un’altra versione del Ginguinha è di Teresa Tarouca, Aguias Perdidas

Vicente da Câmara, A Moda das Tranças Pretas

Como era linda com seu ar namoradeiro
'Té lhe chamavam "menina das tranças pretas",
Pelo Chiado passeava o dia inteiro,
Apregoando raminhos de violetas.

E as raparigas d'alta roda que passavam
Ficavam tristes a pensar no seu cabelo,
Quando ela olhava, com vergonha, disfarçavam
E pouco a pouco todas deixaram crescê-lo.

Passaram dias e as meninas do Chiado
Usavam tranças enfeitadas com violetas,
Todas gostavam do seu novo penteado,
E assim nasceu a moda das tranças pretas.

Da violeteira já ninguém hoje tem esperanças,
Deixou saudades, foi-se embora e à tardinha
Está o Chiado carregado de mil tranças
Mas tranças pretas ninguém tem como ela as tinha.

Fado Isabel
composto da José Fontes Rocha (1926), uno dei grandi maestri della guitarra portuguesa.

Ana Moura, Preso entre o sonho e o sonho
Camané, Mote
João Braga, Praia Perdida

Fado Cigana
composto dal chitarrista Armando Machado (1899-1974), è spesso confuso con il Fado Cigano composto dal cantante Henrique Lourenço e con un altro Cigano composto da José Marques do Amaral. Meravigliosa la versione di Amália Rodrigues dal titolo Raizes, è stato cantato da diversi fadisti con testi differenti tra cui

Teresa Siqueira, Contradição con testo di José Archer de Carvalho

Fado Carriche
composto da Raul Ferrão (1890-1953), interpretato da diversi fadisti tra cui

Carlos Ramos, Senhora do Monte
Ana Moura, Guarda-me a vida na mão, scritta da Jorge Fernando potete ascoltarla nell’omonimo Album

Fado do Cravo
composto da Alfredo Marceneiro (1891-1982), è un Fado molto cantato, il titolo “Fado del Garofano” deriva da una parola del primo testo cantato su questa musica scritto da Fernando Teles. Interpretato con testi differenti dai nomi più celebri del Fado tra cui Fernanda Maria, Beatriz da Conceição, Fernando Maurício,

A. Marceneiro, Viela, testo di Guilherme Pereira da Rosa
Júlio Peres, Velho Faroleiro

Amalia Rodrigues, Maldição, testo di Armando Vieira Pinto

Que destino, ou maldição
Manda em nós, meu coração?
Um do outro assim perdido,
Somos dois gritos calados,
Dois fados desencontrados,
Dois amantes desunidos.

Por ti sofro e vou morrendo,
Não te encontro, nem te entendo,
Amo e odeio sem razão:
Coração... quando te cansas
Das nossas mortas esperanças,
Quando paras, coração?

Nesta luta, esta agonia,
Canto e choro de alegria,
Sou feliz e desgraçada.
Que sina a tua, meu peito,
Que nunca estás satisfeito,
Que dás tudo... e não tens nada.

Na gelada solidão,
Que tu me dás coração,
Não há vida nem há morte:
É lucidez, desatino,
De ler no próprio destino
Sem poder mudar-lhe a sorte...
Immagine: Rui Vieira Nery (2006), Il Fado. Storia e cultura della canzone portoghese, Donzelli editore

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